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Sou professora da SEDF e escritora também...comecei a escrever por acaso, e como trabalho em um ambiente mágico e ladeada por crianças, despertou em mim, uma vontade imensa em escrever e contar poesias e histórias para elas.Desenvolvo um projeto de leitura na biblioteca para incentivar a leitura, inclusive de poesias. A Poesia de Liquidificador consiste em um método descoberto e inventado por mim para ensinar e estimular os alunos a criarem suas próprias poesias. Lendo a receita da poesia de liquidificador, a imaginação é estimulada!Surge cada poesia, como se fosse uma receita de bolo da vovó! Uma delícia de se ler! Bom apetite! Ou seja, boa leitura! Obrigada por ler e incentivar a leitura! Um beijinho com cheirinho de chiclete! Flávia de Moraes.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

"PAISAGENS DE UM ARROZAL"- Autor: Benjamim Pereira Vilela

Paisagens de um arrozal

Autor: Benjamim Pereira Vilela
Geógrafo, doutorando em Geografia pelo LABOGEF/IESA/UFG
Estuda impactos ambientais e modelagem geoambiental


A lavoura de arroz estava verdolenga. Os pássaros sobrevoam os espaços ao alcance de sua vista. Estes assentavam num jatobá existente no meio da lavoura. Eram diversas às espécies de pássaros que apareciam ali. Ele se encantava com a beleza e as variadas melodias dos cantos que estes faziam.
Sempre comentava com os vizinhos, sobre a riqueza e o colorido daquelas paisagens construídas pelas revoadas que os pássaros faziam. Às vezes ficava triste. Quando isto ocorria, Ele ia para um talhão de cerrado que fica próximo de sua casa; passava por cipoal, próximo a uma moita de taboca; colocava a capanga que sempre carregava o tiracolo, dependurada numa galha de lixeira e sentava debaixo de um jacarandá. Ficava ali longas horas pensando, sobre a sua vida; o mundo que ele conheceu; a literatura francesa da qual ele era apaixonado. Depois voltava para casa, conversava com a Juliana – uma bonita e simples mulher, que não entendia os lemas e dilemas existenciais de seu marido.
Naquela tarde não foi diferente. Ele caminhou perto da roça de arroz e seguiu para o seu refúgio existencial: o talhão de cerrado. Lá começou uma viagem em suas lembranças: veio à mente o período em que morou em Paris; a vida rica culturalmente que passou por lá; as aventuras amorosas que vivera; as experiências e conflitos enfrentados naquela época.
Depois daquele momento de reflexão, voltou para casa. A sua companheira Juliana comentou: - Fique preocupada com Você, onde estava¿ . Ele apenas balançou a cabeça, deu um sorriso, abraçou seu único filho e sentou na beira do fogão a lenha. Tomou uma xícara de café, que ela lhe serviu prontamente. Depois comentou que queria tomar um banho e depois ir à casa de seu cunhado – irmão de Juliana.
Ela ficou animada e foi logo arrumar o filho para saída. Não era sempre que tinha a oportunidade de visitar o irmão.
Ele comentou com ela, que uma das atitudes mais sensatas que tinha tomado “em sua vida” era ter se casado; mudado para a roça; e viver aquela vida. Ela sorriu com olhar carinhoso. Ele falou: - Jú espere um instante vou tomar aquela pinguinha, antes de irmos para casa de seu irmão...
Os três caminharam alegremente pela estrada. E sumiram no meio do cerrado depois do arrozal.


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