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Sou professora da SEDF e escritora também...comecei a escrever por acaso, e como trabalho em um ambiente mágico e ladeada por crianças, despertou em mim, uma vontade imensa em escrever e contar poesias e histórias para elas.Desenvolvo um projeto de leitura na biblioteca para incentivar a leitura, inclusive de poesias. A Poesia de Liquidificador consiste em um método descoberto e inventado por mim para ensinar e estimular os alunos a criarem suas próprias poesias. Lendo a receita da poesia de liquidificador, a imaginação é estimulada!Surge cada poesia, como se fosse uma receita de bolo da vovó! Uma delícia de se ler! Bom apetite! Ou seja, boa leitura! Obrigada por ler e incentivar a leitura! Um beijinho com cheirinho de chiclete! Flávia de Moraes.

sábado, 5 de julho de 2014

"Você já subiu nos Buritis mais altos para colher cachos de justiça?? "- Leia a história "BRASÍLIA DE TÁBUAS" e divirta-se com os pontos turísticos dessa linda cidade!

"Você já subiu nos Buritis mais altos para colher cachos de justiça?? " Se já, você vai entender essa História sobre Brasília!! Escrevi essa história em 2006....já contei para vários alunos...esse foi um jeito que encontrei para homenagear nossa linda cidade BRASÍLIA!!! Veja quantos pontos turísticos de nossa linda Brasília vocês conseguem descobrir nesta história??
Sou professora SEDF e tenho várias histórias infantis escritas, além de poesias também!!
Um grande bj e parabéns por vocês incentivarem a leitura!!!

Visitem meu blog: www.chiclete-poesiasgrudentas.blogspot.com/




BRASÍLIA DE TÁBUAS



Brasília de Tábuas nasceu depois de ter sido gerada por um lindo sonho.

Pesava alguns edifícios e várias gramas verdinhas.

Nasceu com asinhas cor de luz.

Recebeu visitas ilustres.

Brasília de Tábuas foi crescendo cheia de vida e esperança.

Mas como qualquer criança, ela tinha seus amiguinhos.

Eram eles: o Congressinho Nacional, e lá em sua casa, as brincadeiras favoritas eram esconde- esconde de um lado e de escorregar as idéias gigantes do outro. A Catedralzinha, era a amiga que estava sempre pronta para brincar de roda com seu vestido branquinho. Ela tem um coração em forma de sino e com a Rampinha, costumava brincar com os dragões brancos de correr. E assim passavam pelos labirintos que desenhavam o caminho em forma de tesourinhas verdes e floridas.

A praça que brincavam era cheia de sonhos e nos palácios todos eram reis e rainhas.

Nos parques, imaginavam navegar em mares verdes com barcos de jornal.

Chegavam ao topo dos castelinhos cor de areia e gangorreavam pelo céu azul degradê...

Nadavam em lagos cor de água mineral e corriam atrás dos passarinhos multicores, até pousarem nas árvores com frutinhas diferentes da casa cerrado.

Atiraram uma pedra fundamental pelo ar e libertaram um pássaro músico bronzeado na liberdade dourada.

Brincavam ziguezagueando entre as caixinhas de fósforo enfileiradas e davam cambalhotas pelos palanques.

Contemplaram uma cascata artificial e entre as calhas de concreto pingavam gotas da chuva de prata.

Voavam nas costas das asas do avião de papel de norte a sul.

Viajavam pelo espaço sideral, sentados em uma poltrona e com os cintos bem apertados.

Ficavam horas brincando nos planetas, dando beijinhos na Lua, pulando corda de estrelinha e colhendo pensamentos galácticos.

Até descobriram que um meteoro tinha caído num palácio de águas das línguas esquisitas.

Pescavam concha acústica.

Uma sereia que saltou de um conto para nadar num Lago e um peixe vivo que viva fora d’ água fria, foram seus amigos por um dia.

Com os guerreiros, a batalha foi de balão de água estourado em meio a barrigadas. Nos salões coloridos os banquetes eram de suspiros e entre as cúpulas, anexos, gabinetes visitaram obras de arte.

Desenharam em azulejos com lápis de cor, andaram pelos pátios de mármore, pularam entre os arcos, triângulos, retângulos e cubos retorcidos.

Encontraram pelo caminho, um jardineiro de ferro que plantava flores metálicas e colhiam buquês em forma de vitrais para enfeitar a cidade nova.

Todos iam ouvir estórias num palácio de madeira e jogavam bolinha de gude à sombra das jabuticabeiras no quintal.

Pulavam amarelinha na calçada do templo em forma de chapéu de freira.

Subiam nos buritis mais altos para colher cachos de justiça.

Soltavam pipas nos jardins de cimento.

Plantaram a beira de avenidas e rodovias um monstro azul. Pirâmides e curvas sinuosas indicavam um mar de gente banhado por uma luz natural.

Viram cravar uma Torre grande num espaço gramado. Imponente, com seu pescoço de girafa, ela observa as brincadeiras de Brasília de Tábuas e seus amiguinhos.

Brincavam e nem viam o tempo passar...

Um dia, Brasília de Tábuas viu seu reflexo em espelhos azulados, e percebeu que estava diferente...suas asas cor de luz, agora eram de borboleta!

Descobriu então que já era uma mocinha.

Abrigava poder em suas frágeis mãos. A responsabilidade de uma nação batia em seu coração de madeira, mas seus olhos eram de criança.

Sempre ia chamar seus amiguinhos para brincar. Mas eles pareciam brincar de estátua para sempre!

O Congressinho Nacional, agora é o senhor Congresso Nacional e ficou sério. Mas ele tem um segredo: chorava escondido todos os dias com vontade de brincar com Brasília de Tábuas. E seu lago nunca secará pois espelha o brilho daquela infância perdida.

A senhora Catedral se veste de noiva todas as noites. Seu coração de sino toca e ecoa toda vez que quer sair para brincar e dançar e suas mãos erguidas mostram pelos céus tantas estrelas de saudade. Agora ela passa o tempo todo olhando a nave espacial branca cultural que aterrissou e o quadrado mágico cheio de janelas literárias poéticas ao seu lado.

A Rampinha e os seus dragões brancos não podem mais brincar de correr pela cidade.

Agora, estende seus braços para as pessoas entrarem no castelo.

Brasília deTábuas cheia de luz, veste roupa de gala sem graça.

Lê leis inventadas pelos homens de roupa bonita.

E os homens inteligentes a vestiram para uma valsa sem pausa...

Suas pontes ligam as pessoas aos seus sonhos.

Senta na praça para sonhar e fica olhando a brincadeira de pique-pega do vento com a bandeira gigante cor de mata, ouro e mar azul...

Brasília de Tábuas virou Brasília por opção e linda por vocação...

Descobriu que tem mais vinte e seis irmãozinhos e está indo visitá-los.

Sabe que um dia vai ficar velhinha soprando suas histórias.

Ah, e está tudo registrado por uma lata que tira fotos!

Agora ela que dormir um soninho ...vai balançando suas asinhas de ferro e luz. Feliz para sempre!



AUTORA: Flávia de Moraes


Bem Tombado do DF

ÁRVORE DO BURITI - 
 Palmeira do Buriti foi escolhida durante a construção de Brasília, como árvore símbolo da cidade.


 Proprietária: Companhia Urbanizadora da Nova Capital – NOVACAP – Departamento de Parques e Jardins. 
Localização: Praça dos Poderes Públicos do DF – Praça do Buriti – Brasília, RA I. 
Processo de Tombamento: 
Inscrição no Livro de Tombo: 
GDF: Livro IV – Monumentos, Sítios, Paisagens Naturais e Arqueológicas – DePHA – GDF, folha 001, inscrição 
nº 001, em 18/11/91. Decreto de Tombamento nº 8.623, de 30/5/85, publicado no DODF de 30/5/85. 
Descrição e Tipologia: palmeira gigantesca de espique ereto, cilíndrico, inerme e glabro, até 50m de altura e 
50cm de diâmetro, folhas de 20-30, de 5m de comprimento até 3m de largura, dispostas de 2 a 4m de 
comprimento, fruto drupa elipsóide, amarela, de 3 a 5cm, escamoso-imbricada, sendo as escamas unidas e 
contendo polpa vermelho-amarelada, semente ovóide de consistência óssea e amêndoa comestível. É nativa nos 
estados do Pará, Ceará, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso e Goiás, continuando até a Bolívia e Peru. 
 Histórico 
 A Palmeira do Buriti foi escolhida durante a construção de Brasília, como árvore símbolo da cidade. Em 1959, 
Israel Pinheiro, Presidente da NOVACAP, determinou que fosse transplantado um exemplar de Buriti para o local 
onde, posteriormente, seria construído o Palácio do Governo do Distrito Federal, baseado na inspiração do 
poema Um Buriti Perdido, do livro Pelo Sertão, de Afonso Arinos de Melo Franco. O buriti foi então plantado em 
fins de 1959, por Waldemar Miranda. Mais tarde, a árvore morreu e, próximo ao tronco seco, Stênio de Araújo 
Bastos, então Diretor do Departamento de Parques e Jardins da NOVACAP, encontrou a placa de mármore 
gravada com trecho transcrito do poema. Surgiu a idéia de replantar outro buriti naquele mesmo lugar. No 
período do Governo Wadjô Gomide, quando as obras do Palácio do Itamaraty estavam em sua fase final, o 
paisagista Roberto Burle Marx foi contratado para idealizar seu projeto paisagístico, que previa o uso de plantas 
brasileiras na ornamentação do palácio. 

A proposta de Burle Marx de plantar meia dúzia de mudas de buriti à esquerda do Palácio do Itamaraty chamou a 
atenção do senhor Stênio, que lançou a idéia de transplantar buritis já adultos para o palácio, quando 
vislumbrou, também, a oportunidade de replantar o buriti transplantado por Israel Pinheiro. O responsável pela 
execução do projeto foi o engenheiro agrônomo Rui de Figueiredo Malta. Os exemplares do Itamaraty foram 
transplantados de uma vereda na estrada Brasília/Anápolis. O buriti da praça foi plantado em 31/10/69 e a placa 
foi restaurada. Como a Praça do Buriti não estava construída, pouca gente tomou conhecimento do evento. Os 
que chamavam atenção eram os do Itamaraty. A Praça do Buriti foi construída em 1970, em treze dias, para 
inauguração no Dia do Soldado. 
 Em maio de 1985, foi efetuado o tombamento da Árvore do Buriti, por Decreto do então Governador José 
Aparecido de Oliveira. Em maio de 1992, a árvore sofreu agressão por golpes de machado, correndo o risco de 
morrer novamente. Foi recuperada depois de receber tratamento dos técnicos do Departamento de Parques e 
Jardins da NOVACAP. 


FONTE: http://www.brasiliapatrimoniodahumanidade.df.gov.br/acervo/pdf/Patrimonio_tombado_e_registrado_DF.pdf

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