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Sou professora da SEDF e escritora também...comecei a escrever por acaso, e como trabalho em um ambiente mágico e ladeada por crianças, despertou em mim, uma vontade imensa em escrever e contar poesias e histórias para elas.Desenvolvo um projeto de leitura na biblioteca para incentivar a leitura, inclusive de poesias. A Poesia de Liquidificador consiste em um método descoberto e inventado por mim para ensinar e estimular os alunos a criarem suas próprias poesias. Lendo a receita da poesia de liquidificador, a imaginação é estimulada!Surge cada poesia, como se fosse uma receita de bolo da vovó! Uma delícia de se ler! Bom apetite! Ou seja, boa leitura! Obrigada por ler e incentivar a leitura! Um beijinho com cheirinho de chiclete! Flávia de Moraes.

terça-feira, 27 de abril de 2010

A PÁSCOA JÁ PASSOU, MAS A HISTÓRIA ESTÁ AQUI!

O COELHINHO QUE NÃO TINHA ORELHAS

Era uma vez, um país chamado Orelhão.
Em Orelhão, todos os habitantes tinham orelhas enormes, macias e pontudas.
Todos os habitantes eram coelhos.
Os coelhos pulavam, plantavam suas cenouras e tinham muitos filhos coelhinhos.
A família Coelhão Botelho, era a mais conhecida no país Orelhão, pois era a encarregada de entregar os ovos de chocolate na páscoa.
Todos os anos era aquela festa!
Fazer esse tipo de trabalho era legal.
As crianças ficavam muito felizes quando o Senhor Coelhão Botelho deixava os ovos de chocolate na casa delas.
Um dia, Senhor Coelhão , pulava distraído com seus bebês coelho pelos campos, quando pisou em um espinho pontudo e ficou com sua patinha dodói.
E agora? Como o senhor Coelhão Botelho ia pular para entregar os ovos de chocolate na páscoa?
A páscoa estava próxima, e quem poderia fazer a entrega dos ovos em seu lugar?
Sua pata estava machucada, ele teve até que ficar em uma cadeira de rodas.
Coelhão Botelho então teve uma idéia, resolveu escolher um sucessor para fazer a entrega dos chocolates.
Colocou um anúncio nos
classificados de jornal: ”Procura-se um coelho urgente para ser entregador de ovos de páscoa. Favor, enviar uma foto bem colorida, com nome completo, para a Rua Paraíso das Cenouras número um, aos cuidados do Senhor Coelhão Botelho”.
Logo a notícia foi se espalhando pelo país Orelhão.
Todos queriam ser um entregador de ovos de chocolate.
Começaram a chegar muitas fotos, algumas sérias demais, outras risonhas.
Todos autênticos. E o Coelhão Botelho teve muita dúvida, pois os candidatos eram muitos : tinha o “ Coelhoinácio da Silva” era um coelho de olhos bem vermelhos, “ Coelhozé dos Santos” um coelho branquinho com pintas escuras, o “Coelhotônio Pereira” um coelho marrom com patas brancas, o “Coelhobeto Ferreira” um coelho cinza com patas mescladas, o ”Coelhonaldo Peixoto um coelho bem peludão, o” Coelhoxico Almeida” um coelho com bigodes enormes, o “ Coelholúcio Alves” um coelho com orelhas bem em pé e um coelho diferente que usava um chapéu grande, o “ Coelhomário Machado” que era bem pretinho e muito simpático!
Opa! Um coelho que não quer mostrar suas orelhas. Esse coelho está meio estranho! Pensou o Coelhão Botelho.
O senhor Coelhão Botelho nem imaginava, que o Coelhomário era um coelho diferente. Ele não tinha orelhas. Nasceu assim...usava chapéu para esconder isso. Ele até já tinha pedido um par de orelhas para o papai Noel coelhudo.
Mas nada. Vivia se escondendo dos habitantes do país Orelhão, para ninguém ficar rindo dele. Então saia todos os dias pulando pelas montanhas. Ele foi se tornando um coelho esportista e pulador ágil.
O senhor Coelhão Botelho, resolveu fazer um teste para escolher o futuro entregador de chocolate.
Marcou uma corrida de puladas, e o vencedor seria o novo entregador da páscoa.
E assim aconteceu.
Quem será o vencedor da corrida de puladas? No país Orelhão, não se falava de outra coisa, pois os candidatos tinham pouco tempo para treinar.
No dia tão esperado, todos os habitantes coelhudos, estavam ansiosos.
Tinha até torcida organizada e muitas faixas espalhadas.
Coelhomário Machado, chegou tímido, sem chapéu, mas com umas orelhas de papel. Preferiu ficar mais atrás para ninguém ficar analisando suas orelhas, pois não eram assim enormes, macias e pontudas.
Preparar! Apontar! Fogo!
Começou a corrida de puladas, e a coelhada saiu em disparada.
O trajeto da corrida de puladas era difícil. Tinha que ter fôlego, para subir e descer tantas montanhas.
Depois de muitos pulinhos, alguns coelhos foram ficando cansados e pararam no meio do caminho. Coelhomário foi ultrapassando todos os que foram desistindo, mas para ser o vencedor, tinha que concluir a corrida de puladas.
E assim foi pulando, pulando, até que suas orelhas de papel não agüentaram e voaram com a velocidade e agilidade de seus pulos e se prendeu no galho de uma grande árvore.
E agora? Se parasse para subir naquela imensa árvore ia perder muito tempo.
Foi então que tomou coragem e preferiu seguir a corrida de puladas até o final, sem aquelas orelhas de papel.
Enquanto isso, os habitantes do país Orelhão, esperavam a conclusão da corrida de puladas com muita alegria.
Coelhomário concluiu a corrida de puladas e passou pela linha de chegada com folga entre os outros candidatos.
Mas para espanto da platéia, todos arregalaram os olhos e indagavam: um coelho sem orelhas! Nunca tinha se visto um coelho sem orelhas.
Para surpresa de todos, o Coelhomário Machado ganhou o troféu “Coelho de Chocolate” e foi escolhido para representar o país Orelhão na distribuição dos ovos de chocolate na páscoa.
O que importa as orelhas se para ser um entregador de ovos tem mesmo é que ser esperto e veloz como uma ventania?


Autora: Flávia de Moraes
Está história faz parte do Livro 'SERIGUELANDO- IDEIAS LITERÁRIAS SABOROSAS QUE DESCEM PELA GOELA", possui registro e têm direitos autorais...........
O Coelho se chama Mário, em homenagem ao escritor 'MÁRIO DE ANDRADE".

Biografia, obras e estilo literário de MÁRIO DE ANDRADE:

Mario de Andrade nasceu em São Paulo, no ano de 1893. Professor, crítico, poeta, contista, romancista e músico, formou-se pelo Conservatório Dramático e Musical de São Paulo, passando a lecionar neste mesmo local posteriormente. Participou da Semana de Arte Moderna de 1922, no Teatro Municipal de São Paulo.

Durante sua trajetória, Mario de Andrade fundou a Sociedade de Etnografia e Folclore e também passou por vários cargos públicos, entre estes, foi diretor do Departamento Municipal de Cultura de São Paulo.

Apesar de ter sido uma pessoa com inúmeras ocupações, este artista modernista sempre tinha tempo para ajudar os escritores que ainda não eram conhecidos.

Enquanto viveu, ele lutou pela arte com seu estilo de escrita puro e verdadeiro. Certo de que a inteligência brasileira necessitava de atualização, este escritor modernista nunca abandonou suas maiores virtudes: a consciência artística e a dignidade intelectual.

Foram de sua autoria os versos de Paulicéia Desvairada, considerada o marco inicial da poesia modernista no Brasil. Uma outra obra deste artista que se destacou por sua contribuição ao movimento modernista foi o livro Macunaíma, romance onde é mostrado um herói que tem as qualidades e defeitos de um brasileiro comum.

Suas obras estão agrupadas em dezenove volumes com o título de Obras Completas. As principais são:

Poesia
Há uma Gota de Sangue em Cada Poema (1917), Paulicéia Desvairada (1922), Losango Cáqui (1926), Clã do Jabuti (1927), Remate de Males (1930), Poesias (1941), Lira Paulistana (1946), O Carro da Miséria (1946), Poesias Completas (1955).

Romance
Amar, Verbo Intransitivo (1927), Macunaíma (1928).

Contos
Primeiro Andar (1926), Belasarte (1934), Contos Novos (1947).

Crônicas
Os filhos da Candinha (1943).

Ensaios
A Escrava que não é Isaura (1925), O Aleijadinho de Álvares de Azevedo (1935), O Movimento Modernista (1942), O Baile das Quatro Artes (1943), O Empalhador de Passarinhos (1944), O Banquete (1978).

Reconhecido por sua contribuição na criação de idéias inovadoras, Mário de Andrade morreu em São Paulo no ano de 1945.

Texto sobre Biografia de Mário de Andrade retirado da internet........

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