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Sou professora da SEDF e escritora também...comecei a escrever por acaso, e como trabalho em um ambiente mágico e ladeada por crianças, despertou em mim, uma vontade imensa em escrever e contar poesias e histórias para elas.Desenvolvo um projeto de leitura na biblioteca para incentivar a leitura, inclusive de poesias. A Poesia de Liquidificador consiste em um método descoberto e inventado por mim para ensinar e estimular os alunos a criarem suas próprias poesias. Lendo a receita da poesia de liquidificador, a imaginação é estimulada!Surge cada poesia, como se fosse uma receita de bolo da vovó! Uma delícia de se ler! Bom apetite! Ou seja, boa leitura! Obrigada por ler e incentivar a leitura! Um beijinho com cheirinho de chiclete! Flávia de Moraes.

domingo, 11 de maio de 2014

HISTÓRIA: BRUXA ZOOCLORELA- Fala sobre Família

BRUXA ZOOCLORELA

Bruxa Zooclorela vivia sozinha e feliz!
Sozinha por opção e azeda de nascença mesmo.
Era uma bruxa diferente.
Diferente nas idéias. Era bruxa e detestava animais, marido e filhos bruxinhos nem pensar, não queria um desses.
Mas como toda bruxa, Zooclorela, adorava passar lama vulcânica no rosto, dançar na chuva, fazer poção mágica, colecionava miniaturas, tomava banho de lua entre outras coisas mais.
Tinha corpo de bruxa, nariz de bruxa e seus cabelos esverdeados, cor e aparência de algas marinhas, era o seu charme.
Levava muita beliscada dos pássaros em sua cabeça, por conta das plantinhas enraizadas nela. Daí o seu nome, Zooclorela são pequenas algas fixadas em outros parasitas.
Apesar de ser uma bruxa, Zooclorela, também tem uma fada- bruxa- madrinha. Ela sempre aparecia nos sonhos pra ver o quê ela estava fazendo, sabe né, madrinha se preocupa.
Um dia, a fada-bruxa madrinha apareceu de repente no meio do seu sonho de uma noite de lua cheia e disse: - Bruxa Zooclorela, você já está grandinha, está na hora de você namorar casar e ter seus bruxinhos, para que eu possa cuidar e protegê-los, assim como eu faço com você. A bruxa acordou pensativa, de mau humor, chata, nervos aflorados, dando choque, com avó atrás do toco, amarrou o bode e fez beiço o dia todo. Falava sozinha, resmungava e estava decidida: não quero ninguém, não quero me casar, não quero bruxinhos, ergh, ergh! Cuspia no chão de tanta raiva. Não queria dividi-la com ninguém.
Marido? Filhos bruxinhos? Filhos querem criar animais de estimação,isso era demais pra sua imaginação fértil. Nem de brincadeira...

Um dia, o urubu correio elegante passou entregando um comunicado. Todos os moradores da floresta, do pântano e do bosque, teriam que adotar um bichinho para serem de estimação para sempre. Todos os moradores teriam que fazer essa caridade, pois os caçadores estavam levando os animais maiores e deixando os filhotes abandonados. Alguns até não resistiram de frio, fome e medo. E os que sobraram estavam esperando a adoção. Bruxa Zooclorela não estava nem um pouco a fim de cuidar de bicho algum. Nada poderia ser mais importante do que ela mesma! Etâ bruxa egoísta!
Passaram –se alguns dias e o urubu correio elegante, passou entregando um outro comunicado: iria ter uma festa para todos apresentarem o seu novo bichinho filho de estimação. Traje de gala para todos. Um sorriso natural e outros coloridos de batom.
-Essa festa eu não posso deixar de ir! Tenho que comparecer de todo jeito! Mas como? Odeio animais, e esses filhotes, que fazem xixi, cocô toda hora, parecem até o bruxinho sobrinho que tenho, fui lá só uma vez e sai correndo, pois tinha feito xixi no meu pezinho lindo.
O jeito era ir atrás de um bicho interessante e que combinasse com seu estilo chique demais.
E você acha que aranha, cobra, morcego, crocodilo, gambá, grilo, lobo mau, rato, sapo, são bichos de bruxa? Enganaram-se.
As bruxas estão tão mais modernas.
Pensou em um cachorro, mas eles têm pulgas, ela era alérgica a pêlos, ficava toda pintadinha e espirrava sem parar.
Então quem sabe um gato? Não! Esses não! Esses só querem saber de ficar se lambendo, engolindo pêlo e dormindo o dia todo! Eu quero um bicho pra ficar olhando a minha beleza o dia todo.
Elefante, girafa, hipopótamo eram grandes demais pra sua casa.
Macaco! Zebra! Urso! Camelo! Cavalo! Nada satisfazia seus interesses. Ela continuava por odiar os pobres animaizinhos do mundo.
Mas tinha que arrumar qualquer um para chegar e arrasar na festa. Ela se achava a mais bonita do mundo e é claro, não podia ficar fora dos holofotes e dos flashes.
Foi passear pelos campos, e nada! Os carneiros tinham medo dela e saiam correndo, mas ela não sabia desse detalhe. Foi pelos pastos, os bois, cavalos e as vacas se escondiam dela.
Foi passear pelo milharal verdinho e amarelinho em busca do seu bichinho filhinho de estimação, quando de longe avistou um boneco engraçado, meio gente, com os braços abertos, querendo dizer assim: me dá um abraço! Foi um momento mágico. Zooclorela sentiu um frio pela espinha que terminava no coração.
Foi correndo pra ver de perto e retribuir aquele abraço com tanta emoção nos olhos, quando teve uma surpresa: era um espantalho!
Pois é! Era um espantalho com vida. Era o Bruxogro. Bruxa por parte de mãe e ogro por parte de pai.
Ele estava enfeitiçado, apaixonado pela beleza única de Zooclorela.
Ela foi logo perguntado se ele conhecia algum bicho de estimação para ir a festa da floresta, pois todos tinham muito medo dela, sua fama era de malvada, que comia os bichinhos. Coitada ela era alérgica e vegetariana.
Ele então respondeu, que conversava muito era com os pássaros. Ele fazia xô, xô para espantá-los do milharal, mas alguns ainda ficavam, não tinham medo dele, principalmente os pássaros verdelhões.
Pássaros não! Odeio pássaros! Eles me beliscam e bicam a minha cabeça o tempo. É por isso que odeio pássaros também.
Lembrou do que sua fada bruxa madrinha tinha lhe falado em uma das suas visitas. Algo de muito estranho estava acontecendo em sua vida!
Diferente ela começa a enxergar as pequenas coisas a sua volta.
O Bruxogro queria lhe dizer uma coisa importante, mas estava tímido. Queria lhe contar que tinha uma fuinha adotiva. Foi assim falando baixinho que contou a ela sobre sua fuinha adotiva de estimação. Bruxa Zooclorela arregalou os olhos e exclamou:- quero conhecer sua fuinha. Você pode me emprestar sua fuinha filhinha para eu ir á festa de arromba da floresta? Disse ela já encantada pelo bruxogro e sua fuinha.
Ele pensou, andou e respondeu: -claro que sim! Mas você não quer me levar junto para a festa? Como sou o pai adotivo da fuinha, a-encontrei sozinha na floresta, os caçadores levaram sua mãezinha, eu cuidei muito bem dela. No começo foi difícil. Fazer mamadeira, limpar seu rabinho, colocar laçinhos, dar carinho e amor. Mas quando ela foi ficando uma fuinha grandinha, disse que era uma filha adotiva, ela nem se importou, me chamava de papai e não largava mais de mim. Em um dia de natal, estávamos olhando as estrelinhas piscando, piscando e ela me pediu uma mãe de presente. Bom, não é fácil encontrar uma mãe dando sopa por aí. Quem quer se casar com um bruxogro que já tem uma filha fuinha, heim!
Conversa vai, conversa vem. Eles já estavam apaixonados, enfeitiçados de amor. Eles combinaram o dia do encontro para irem a festa.
Cada um foi para sua casa. Ele morava no pântano verde e ela em uma casa abandonada, velha e feia com flores carnívoras nas janelas quadradas, na floresta.
O dia da festa já estava chegando, quando ela pensou: será que a fuinha vai gostar de mim? Tenho que me comportar. Não posso ficar espirrando, pois sou alérgica a animais, na frente de todos. O tempo passou e o dia mais importante chegou. Era a festa da sua vida. Todos iriam ver que ela mudou. Sua beleza era mais ainda por causa do efeito colateral do amor. Ela linda como sempre, agora pensava em ter uma família. encontraram-se embaixo da árvore mais alta, mais verde e mais frondosa da floresta. O Bruxogro já estava lá, todo ansioso para vê-la. A fuinha estava de laçinho nas suas orelhas e no rabinho.
Quando Bruxa Zooclorela foi se aproximando, a fuinha correu e lhe deu um beijinho tão doce, que algo estranho aconteceu. Ela não espirrava mais, gostava até dos animais. Descobriu que carregava um feitiço e foi quebrado com o beijo da fuinha. Fuinha agora tinha uma mãe bruxa adotiva do coração. O presente que ela tinha pedido no natal tinha chegado. Ela ficou emocionada, que deixou escapar uma palavrinha assim: mamãe!
Quando chegaram os três na festa, foi um arraso! Tantas fotos, tantas cochichos. Nunca tinha se vista família mais linda! Eles aproveitaram a ocasião e ficaram noivos e convidaram a todos para o casamento.
Essa história termina assim: lá vem a noiva bruxa Zooclorela, toda de...branco mesmo.



Importante: Bruxa Zooclorela nunca mais foi importunada pelos pássaros, pois seu futuro marido fazia assim: xô,xô para eles. Afinal esse é o trabalho dos espantalhos, e dos maridos também. A casa da bruxa zooclorela agora, tem lindas flores nas janelas quadradas.
A fada bruxa madrinha agora dorme em paz! Missão cumprida até nascerem os bruxinhos...



Importante 2: Uma bruxa cascuda, mal amada e solteirona lançou o feitiço” das sem marido” por uma eternidade, até ser quebrado por um amor incondicional, ou, qualquer tipo de amor... O feitiço agora, foi lançado direto para os caçadores malvados. Eles ficavam pintados com bolinhas, com alergia e solteirões.



Importante 3 Bruxa Zooclorela fundou uma organização mundial protetora dos animais. Necessitamos do amor, inclusive vindo de um bichinho. Ame todos os seres vivos!!!!



AUTORA: FLÁVIA DE MORAES
ILUSTRAÇÕES DE: ONEIDA SOUZA LIMA

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